segunda-feira, 18 de abril de 2022

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, por Taylor Jenkins Reid

Título: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
Autor: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela                             
ISBN: 9788584391509
360 páginas

E aí, tudo bem? 

Depois desse pequeno hiato de aproximadamente sete anos, eu voltei das trevas pra agraciar qualquer pessoa que quiser ler isso aqui (possivelmente ninguém). 

Obviamente que eu não vou dizer que vou postar com qualquer constância que seja, porque nunca fiz isso, mas bora ver no que dá, né?

Hoje eu vim contar sobre esse livro aqui que me divertiu bastante, embora eu também deva afirmar que eu recomendaria ele pra pessoas muito específicas.

O livro fala sobre Evelyn Hugo, uma atriz famosíssima, linda e maravilhosa que teve a sua carreira gloriosa em Hollywood. Antes e durante essa carreira, às vezes para alavancá-la, Evelyn se casou com sete caras, e de um jeito ou de outro todos os casamentos terminaram e a Evelyn narra a sua história depoia de já estar solteira por vários anos.

A narrativa flui muito bem num ritmo de fofoca que me levou muito pra dentro do livro e me fez ler muitas páginas cada vez que eu pegava ele porque eu queria saber a fofoca completa. A Evelyn narra a vida dela pra uma jornalista que deve publicar o livro depois da morte de Evelyn, e em alguns momentos do livro a gente vê coisinhas da vida dessa jornalista, que ela conta em primeira pessoa nos momentos em que a Evelyn não tá ocupando o tempo dela falando sobre a própria vida. A gente vê a evolução pessoal dessa outra personagem com bastante clareza em muitos momentos da história, quando ela se mostra muito tocada por ensinamentos que a Evelin passou pra ela e que foram muito úteis na vida dessa jornalista.

Claro que o livro não é perfeito e tem alguns problemas também, sendo que eu só consigo lembrar de um que realmente me incomodou: a gente sabe a fofoca completa uma vinte páginas antes de o livro acabar. Logo que eu passei desse ápice da história, em que a Evelin revela uma coisa que Monique Grant, a jornalista, quer muito saber, o livro começou a se arrastar um pouco pra mim, e aí eu dei uma enrolada pra ler esse final, que eu achei que realmente caiu um pouco no ritmo da história.

Em termos gerais, o texto é bastante agradável, fluido e mantém uma tensão muito gostosinha de acompanhar. Eu sinto muito se dizer que o clima é de fofoca, mas é importante ressaltar que em grande parte foi isso que me manteve tão focada na história. 

A autora foi feliz nas escolhas narrativas dela, que conseguem levar o leitor pra dentro daquele clima do livro com muita graça. Tem uma parte do livro que a Evelyn entra num restaurante e pede uma salada verde. Eu juro que até hoje eu sou doida pra comer a bendita salada verde que ela pediu. Esse é um momento pequeno na história, mas que, de uma forma ou de outra, transmite a forma envolvente que Reid conseguiu encontrar para contar essa história.

De qualquer forma, acho importante comentar que, embora o livro tenha me divertido muito, eu não o classificaria como excelente, mas diria que foi uma obra que me divertiu bastante e que, ao mesmo tempo, levanta bandeiras ativistas importantes. A leitura vale muito a pena, mas eu não acho que vai ser um livro excelente que vai mudar a vida da maior parte do público que o ler.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Os famosos e os duendes da morte, de Ismael Caneppele

Título: Os famosos e os duendes da morte                 
Nota: 1/5
Autor: Ismael Caneppele
Editora: Iluminuras             
ISBN: 978-85-7321-440-6
96 páginas



Vou iniciar essa resenha explicando o que é "Nightmare Fuel". "Nightmare Fuel", em tradução deita por mim, significa "combustivel para pesadelo. Ok, mas o que isso significa? 

É basicamente uma parada que não tem motivo pra te deixar com medo, mas deixa. Vejamos um exemplo: um desenho realista do Bob Esponja. Eu não tenho medo, mas conheço gente que ficou sem dormir depois de olhar para uma imagem desenhada de modo realista do Lula Molusco, por exemplo. 

Nightmare Fuel não precisa ser uma imagem. Uns dois dias atrás eu tava dando uma olhada em outras coisas que as pessoas consideram como Nightmare Fuel e acabei encontrando muita gente falando sobre a sequência da loja de penhores de Pulp Fiction. Eu acho tranquilo e até engraçado, mas muita gente acha sinistro.

E é assim que eu vou descrever esse livro: Nightmare Fuel.

O livro fala sobre um garoto, que nós chamaremos de "Garoto sem nome", que eu não sei direito quantos anos tem, mas acho que por volta dos 16. Esse garoto é depressivo e ele narra a história de um jeito bem introspectivo e muito conotativo. Tem muita coisa no livro que você pode interpretar de vários jeitos diferentes.

No decorrer do livro, o garoto sem nome fala bastante de "ir embora". Esse é o objetivo dele. Ele é depressivo e vive numa cidade extremamente sem graça e, por isso, ir embora tem vários sentidos. 

Durante a história, você vai conhecendo diversas dimensões do garoto sem nome e vai descobrindo aos poucos algumas coisas que aconteceram antes até que ele chegasse ao ponto de ser do jeito que é.

Tem um personagem lá, o Julien, que até agora eu tenho minhas dúvidas sobre o estado de existência do garoto, tamanho é o leque de interpretaçõe que você pode dar ao livro.

Ok, o livro fala sobre isso. Por que é Nightmare Fuel?

Não sei. De verdade. Eu só vou falar que de vez em quando eu tava lendo esse livro e começava a ficar com TANTO medo que eu tinha que parar e ir fazer outra coisa para esquecer um pouco. 
Caramba, tem uma hora que o garoto sem nome fala sobre a água do rio que passa pela cidade. Ele fala "águas escuras". Só de escrever isso aqui bateu um desespero que quem estiver lendo isso aqui não tem noção. Essa era a hora que eu parava de ler o livro, olhava pro além e decidia que era hora de ir dormir.

Mas não é só isso!

O livro é bastante interativo e o garoto sem nome fala sobre um canal do YoouTube que ele assiste. O canal se chama Jingle Jangle. Assistam por sua própria conta e risco aos vídeos que estão nesse canal. Eles são PURO Nightmare Fuel para mim.

Galera, antes de mais nada, deixem-me explicar minha nota: EEEEU não gostei mesmo do livro, mas isso é coisa MINHA. Se você se interessou, leia. A maior parte das pessoas que eu conheço que leram esse livro me disseram que gostaram bastante.

 Eu, pessoalmente, não gostei, mas as pessoas que gostam dessas coisas super sensiveis provavelmente vão gostar bastante.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Condenada, de Chuck Palahniuk

Nota: 4/5
Título: Condenada
Autor: Chuck Palahniuk
Editora: LeYa                              
ISBN: 978-85-8044-820-7
302 páginas



E aí, caras?

Condenada é um livro que eu, pessoalmente, gostei bastante, mas já adianto logo que eu nunca vou recomendar esse livro pra alguém. Pelo menos não explicitamente.

O livro fala sobre Madison Spencer, uma garota de 13 anos que aparentemente morreu de overdose de maconha e foi para o inferno. Chegando lá, ela conhece quatro pessoas, ao estilo "Clube dos Cinco" e eles meio que viram amigos. 

No início do livro, Maddy dá umas dicas de "sobrevivência" ao inferno bem legais, do tipo "morra usando sapatos pretos, confortáveis e duráveis" e outras coisas assim. Além disso, lendo esse livro você descobre que uma determinada porcentagem do telemarketing que te liga na hora do jantar vem direto do inferno. É super legal 8D

No geral, é um livro de humor negro. Eu quis dizer tipo, humor negro. Eu rolava de rir lendo esse livro, mas a maior parte das piadas é pesada DEMAIS. Na verdade, é ofensivo pra maior parte das pessoas. Quando você vê que tipo de pessoa vai pro inferno, a situaçã pode ser cômica, você pode rir e tal, mas depois você pensa tipo "Nossa, eu ri DISSO?". Você continua achando engraçado e se matando de rir, mas com muita culpa, porque é tenso. Ok, eu não me sinto culpada por rir dessas coisas, até porque eu encaro humor como humor e pronto, mas eu tenho CERTEZA que muita gente vai se sentir mal por ler esse livro.

O livro tem alguns erros que me incomodaram bastante. Era coisa do tipo "Ah, tal pessoa não tá aqui com a gente" e depois tem a descrição da situaçao e tal pessoa tá lá SIM. Isso é tenso.

ENFIM, galera. 
O livro é muito bom, eu não vou dizer que recomendo porque é TENSO, as piadas são pesadíssimas e tals, mas quem tiver curiosidade, vá em frente!

sábado, 15 de novembro de 2014

A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra, de Robin Sloan

Nota: 5/5
Título: A livraria 24 horas do Mr. Penumbra
Autor: Robin Sloan
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-023-6
288 páginas






Quando eu li esse livro eu fiquei muito impressionada com a história e os acontecimentos e tals. Na verdade, eu acho que fiquei mais impressionada ainda por causa do fato de as coisas descritas nesse livro terem uma aplicação prática na realidade.

A história é narrada por Clay Jannon, um homem formado em design gráfico que ficou desempregado por conta de uma crise econômica. Isso faz com que ele procure por um emprego e acabe por encontrá-lo numa livraria 24h, trabalhando no turno da noite. A história toda se desenrola a partir disso.

 Na maior parte do livro, não dá pra ter muita certeza do que a história realmente trata. Você vê o Jannon trabalhando lá na livraria, várias pessoas idosas chegando, pegando livros do que ele chama de "catálogo pré-histórico" (ele é proibido de mexer nesses livros) e indo embora. Periodicamente, essas pessoas idosas devolvem os livros que pegaram anteriormente  e pedem o próximo. Jannon, então, passa a descrever essa "associação" como um clube do livro. Não me peçam spoilers porque eles não serão dados. Tudo o que eu posso dizer é que é um livro sobre livros.

Eu diria, sinceramente, que é um livro obrigatório para todo o mundo. Além de a história e a mensagem que o livro passa serem muito muito muito legais, o livro é muito bom sob outros aspectos. A narrativa, por exemplo, é bem fluida. A história vai andando e escorrendo de um jeito bem legal e tranquilo, então você pega o livro pra ler umas duas páginas e quando vai ver já leu umas 288. E quando você para no meio você quer voltar logo a ler. Pelo menos comigo foi assim. 

Outra coisa muito legal desse livro são os personagens, que são bem únicos. Tem uma personagem lá que se chama Kat. Eu acho ela muito chata, mas ela, por algum motivo, é o tipo de pessoa que eu costumo conhecer. Tem também a Rosemary Lapin, que é uma velhinha muito muito legal e esquisita. O desenvolvimento dos personagens não é superficial nem forçado, o que é muito legal, e, apesar disso, a história não foge do foco em nenhum momento. 

A única coisa que eu não gostei muito é um "defeito" que eu encontrei, mas que muita gente gosta, e, talvez, ainda seja coisa da tradução: é o fato de que, às vezes, a cena é descrita como se os personagens soubessem o que o Jannon tá pensando. Isso acontece no livro inteiro, então no final eu já até tava acostumada, mas isso eu acho meio chatinho. 

Leiam, o livro é lindo.

sábado, 19 de outubro de 2013

Filmes necessários #2 - A Vida dos Outros


"A vida dos outros" é um filme alemão do Florian Henckel von Donnersmark que tem em seu elenco Sebastian Koch, Thomas Thieme, Ulrich Tukur e Ulrich Mühe e, simplesmente, é um dos melhores filmes que eu já vi.

Pois é, né? A história se passa na Alemanha Oriental e fala sobre um dramaturgo de lá que passa a ser espionado. Inicialmente, ele era muito certinho e tals, mas rolam uma coisas lá e um amigo dele acaba morrendo por causa do comunismo. Por conta disso, ele manda um artigo pra ser editado num jornal da Alemanha Ocidental que fala sobre os suicídios da Alemanha Oriental e meio que esculacha o comunismo.

E tudo isso enquanto o cara espiona ele. 

O negócio é que esse cara que espiona ele fica meio comovido com as coisas que acontecem, então... Assistam o filme para saber o que acontece 8D

Enfim. Eu assisti esse filme no fim de semana passado, que eu tive muito tempo livre então deu pra assistir uns 10 filmes, e eu tava com a espectativa bem alta pra esse depois de tanta gente recomendar que eu assistisse. E ele foi melhor do que eu esperava. Ele é extremamente bem feito e os personagens são bem cativantes. Além disso, o jeito que a história é mostrada é muito emocionante, realmente.

As últimas cenas do filme são simplesmente... Perfeitas. Eu tenho certeza que as pessoas mais sensíveis chorariam. 

Apesar de eu ter realmente AMADO o filme, ao ponto de pensar que ele caberia numa lista de 10 filmes para ver antes de morrer, tem muita gente que não gosta dele porque acha ele muito parado. Considerando que o filme tem entre 2 e 3 horas e que grande parte desse tempo mostra mais a espionagem lá da casa do cara (que, a propósito, se chama Georg Dreyman), talvez realmente o seja. MAs sinceramente, deem uma chance ao filme. Vale MUITO à pena assisti-lo.
 

sábado, 21 de setembro de 2013

Cine Hólliudi *o*

E ai, caras *o*

Eu acabei de chegar em casa depois de assistir ao filme "Cine Hólliudi" de um diretor chamado Halder Gomes. É um filme brasileiro que eu vou falar que é simplesmente MARAVILHOSO.

Eu estava com uma espectativa muito alta pra esse filme, e eu realmente estava com medo de me decepcionar, mas isso não aconteceu: o filme excedeu minha espectativa. 

A história fala sobre uma família constituída por um homem, uma mulher e o filho deles. Esse homem tem o sonho de ter um cinema, e ele vai atrás do sonho dele apesar de todas as dificuldades. É um filme de comédia bem leve  e que vale muuuuuito a pena ver. De verdade.

Além de uma história muito boa, a fotografia é maravilhosa e os atores são bons também. Apesar de ser muito curto, o filme faz você se apegar muito aos personagens, por mais coadjuvantes que eles sejam. Tem um cara que fala 129837815 vezes a mesma coisa que foi o meu favorito, e ele deve ter tipo, 5 falas xD. 

O lado ruim do filme é que não foi muito divulgado e achar coisas sobre ele é difícil, de verdade. O Trailer dele eu não posso colocar aqui porque simplesmente não tem em lugar nenhum xD

Mas de verdade, quem for no cinema ai no fim de semana, assista ESSE filme. É excelente.

UPDATE

Consegui achar o trailer do filme no você tubo 8D

  

sábado, 7 de setembro de 2013

Sucker Punch - Mundo Surreal



Sucke Punch - Mundo Surreal é um filme do Zack Snyder lançado em 2011, mas eu só assisti ele agora xD

Eu não tava com a espectativa grande não, e ainda bem: eu realmente não gostei do filme.

Esse é aquele tipo de filme que dá pena: ele é ruim, mas tinha TANTO potencial pra ser um dos melhores filmes que existem, sabem??

O filme conta a história de uma garota, Babydoll, interpretada por Emily Browning (sim, a mesma do "Desventuras em Série") cuja mãe morre no início e o padrasto quer pegar a herança. Ele leva ela pra um "hospício" (porque clínica psicológica aquilo não era) e encomenda uma lobotomia, então a polícia não ia poder falar com a garota. Nesse lugar, ela e as outras garotas que ela vem a conhecer, são transportadas para outro mundo ao ouvir música, mas essa ideia infelizmente não foi bem aplicada: em vez de ser isso, o filme inteiro é em outro mundo. E nesse outro mundo tem outro mundo. Ela e as outras garotas tramam um plano para fugir desse mundo e tals, e ai a história vai se desenrolando.

Cara, é uma boa história. E o filme é carregado de boas ideias. O problema é que essas ideias, infelizmente, foram mal aplicadas, e por isso é um filme que dá pena. Ele poderia ser TÃO maravilhoso D:

Agora, resumindo todos os problemas num só: a Emily Browning. Sério, ela atuou tão mal, mas tão mal, que o filme foi terrível. Cara, se fosse uma atriz que fizesse bem o papel o filme seria até comovente, mas isso, infelizmente, não rolou. Minto, um problema só não, dois. O roteiro deixou a desejar. Apesar de ser uma história excelente, tem muitosburacos. Dá pra ver que veio bem na mente dos roteiristas mesmo, mas eles não deixaram as coisas tão claras assim. Tem muita coisa que não é explicada e chega uma parte que é uma parceria da Babydoll com o roteiro: fica tão aoskldsg que até dá raiva.

Ok, eu sei que eu reclamei pra caramba dessa parte de roteiro e história, atores e tals, mas o filme tem umas coisas boas!!

Vejam só: a fotografia e a direção de arte são divinas. Sério, é um filme muito muito muito bonito de ver. Cara, dá até vontade de ficar vendo imagens dele, de tão bonito. Outro ponto positivo é a trilha sonora e, embora na minha opinião ela não tenha sido tão bem explorada quanto podia ser, ela foi muito condizente.

Enfim, muita gente gosta desse filme, mas EU sou uma pessoa CHATA. Pronto, falei. Quem se interessar pela história, assista.